Talvez quem visite pontos turísticos imponentes como a Pirâmide de Gizé, no Egito, ou a Torre Eiffel, na França, pouco pense a respeito de quanto tempo estas estruturas levaram para ficar prontas ou quanta mão-de-obra foi necessária para levantá-las.
De fato, elas merecem respeito: se hoje já seriam construções milionárias e difíceis, em séculos remotos eram obras quase inimagináveis, mas que se tornaram maravilhas da construção.
A pedido do jornal britânico Daily Mirror, a consultoria HomeAdvisor calculou quanto custariam algumas destas grandes obras, entre elas o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Os valores foram calculado em padrões britânicos de preço (de materiais e obras) e, claro, sofreria variação em relação aos custos brasileiros.
Confira os resultados:
Pirâmide de Gizé
A grande pirâmide Egípcia foi construída no ano 2500 a.C. Estima-se que ela levou 30 anos para ficar pronta. À época, foi necessária a mão-de-obra de dezenas de milhares de pessoas para carregar e empilhar os gigantes e pesados blocos de pedra.
Hoje, a estrutura custaria no total R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 2,4 bilhões só em material (pedras de calcário). Do valor, R$ 130 milhões iriam para a mão-de-obra.
Coliseu
Um dos pontos turísticos mais famosos de Roma, foi construído no ano 80 d.C – na verdade terminou de ser construído neste ano, já que levou uma década para ficar pronto. O tempo de obra foi até curto, se considerar a riqueza estrutural: o Coliseu tem várias portas, corredores e arquitetura caprichada.
Nos dias atuais, a obra custaria ao todo R$ 1,1 bilhão. Só em pedras para levantá-lo, seriam gastos R$ 502 milhões.
Torre Eiffel
A belíssima estrutura que enfeita Paris levou dois anos para ficar pronta até a sua inauguração, em 1889. Na época, custou US$ 36 milhões, segundo estimativas que levam em conta a correção monetária de lá para cá.
Hoje, ela custaria alguns milhões a menos: sairia no total a R$ 96 milhões. O que surpreende é que os ferros (seu material básico) seriam uma pechincha perto dos R$ 93 milhões que custariam a mão-de-obra.
Torre de Pisa
O charme desta estrutura na cidade que lhe empresta o nome, na Itália, é a inclinação causada pelo excesso de peso. As toneladas de mármore usadas nos 800 anos de obra fizeram com o solo afundasse de um dos lados. Mantê-la com esta inclinação ao longo dos anos também teve custo.
Hoje, estima-se que fazer uma estrutura como esta, inclinada inclusive, não sairia por menos de R$ 12,7 milhões. O que encareceria a obra seria a abundância de mármore branco nela – orçada em R$ 9 milhões.
Cristo Redentor
Nosso símbolo maior levou cinco anos para ficar pronto e foi inaugurado em 1931. Segundo cálculo atualizado, a obra custou R$ 775 mil.
Hoje, no entanto, este valor seria quase seis vezes superior: R$ 4,3 milhões no total. Só o custo com mão-de-obra seria superior a R$ 3 milhões.
Estátua da Liberdade
O monumento que enfeita Nova York levou nove anos para ser construído até a sua inauguração, em 1886. Um presente caro dado pela França aos Estados Unidos: custou na época o equivalente a R$ 31 milhões.
Hoje, seria muito mais barato construí-la. Estimativa aponta que se gastaria R$ 3,7 milhões. O gasto com materiais (aço, concreto e cobre) teria o maior peso neste valor, cerca de R$ 2,4 milhões.
Relógio do Big Ben
Para que os londrinos não perdessem a hora, os britânicos construíram o relógio e o sino Big Ben na torre em que estão em 1858, ao valor estimado de R$ 1,2 milhão. Levou-se um mês até a sua inauguração.
Atualmente, tal construção seria mais acessível. Custaria no total R$ 688 mil. Os materiais usados (cobre, principalmente) e a mão-de-obra dividiriam meio a meio o protagonismo neste custo.
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